Para se ter uma idéia do tamanho da comunidade, em apenas um mililitro de saliva existem em torno de um a cinco bilhões de bactérias. A troca de beijos, por exemplo, pode favorecer o desenvolvimento de hepatite C, gengivite e até, acredite, de cárie e de algumas doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus, um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero). Além das mais conhecidas cárie e gengivite, existem outras doenças que deixam os primeiros sinais na boca. Conheça algumas:
Um dos primeiros sintomas dessa infecção bacteriana é uma ferida na gengiva que demora a cicatrizar. Ela também pode causar placas vermelhas e úlceras nessa região. O Brasil, aliás, vive um surto da doença: só no estado de São Paulo houve um crescimento de 603% no número de casos em seis anos. O problema é ainda maior para gestantes e bebês: a elevação foi de 1001% nesse grupo.
Esse tipo de câncer que se inicia na medula óssea e afeta as células do sangue é marcado por um inchaço da gengiva e uma maior propensão a sangramentos espontâneos sem nenhuma razão aparente. O aparecimento dessas características exige muita atenção.
A ausência de glóbulos vermelhos saudáveis causa fadiga, palidez, falta de ar e tonturas. Outra manifestação é uma língua mais lisa — parece que ela fica “careca”, como um pneu velho que rodou muito por avenidas e estradas. O ideal é que esse músculo esteja sempre áspero e brilhante.
Esse transtorno psiquiátrico é marcado por abusos de laxantes e pela indução de vômito. O paciente ainda alterna episódios de compulsão seguidos por momentos compensação. O hábito de regurgitar com frequência faz com que muitos ácidos do estômago cheguem à boca. Isso destrói as camadas superficiais dos dentes e machuca toda a mucosa.
O vírus HPV, transmitido durante o sexo, está por trás da maioria dos casos de câncer do colo do útero. Ele também é um dos principais vilões dos tumores de cabeça e pescoço. Na boca, ele forma verrugas que podem evoluir para uma encrenca mais séria. Se você perceber alguma afta ou lesão que não desaparece após duas semanas, é bom verificar logo com o dentista o que está acontecendo.
Enfermidades como o lúpus eritematoso sistêmico e o pênfigo vulgar, em que o próprio sistema imune ataca estruturas do corpo, podem dar sinais como úlceras nas mucosas da boca. Essas feridas doem bastante e não costumam se fechar facilmente.
O descontrole nas taxas de açúcar pode vir junto com um hálito ruim. Há quem diga que o cheiro se assemelhe ao de frutas envelhecidas. Esses pacientes usualmente apresentam gengivite, a inflamação das gengivas.
Lesões no fígado têm inúmeras causas, como o álcool, a gordura e alguns tipos de vírus. Se não tratadas a tempo, elas podem se tornar crônicas e comprometer de vez a saúde. Nesses indivíduos, as partes moles da boca mudam de cor e chegam a ficar até amarelas ou esverdeadas.
A doença provocada pelo vírus HIV pode aparecer aqui por meio de gengiva inflamada, placas esbranquiçadas, linhas verticais brancas na região lateral da língua e aftas de grande extensão. O sistema imune enfraquecido pela infecção possibilita que outros micro-organismos tomem conta do espaço e levem a todas essas chateações.
O ideal é procurar um dentista e verificar sua saúde bucal a cada 6 meses. Na Policlínica Granato temos também tratamento odontológicos. Marque sua consulta!